HPV é a sigla em inglês para papilomavírus humano, esse vírus tem diversos subtipos, mais de 150, que podem infectar a pele e mucosas, sendo que 40 deles podem infectar as mucosas ano-genitais. É uma doença sexualmente transmissível e as alterações que o HPV provoca no DNA celular podem causar câncer, como de colo uterino, vagina, vulva, ânus, pênis e orofaringe.
A infecção pelo HPV é frequente, mas na maioria das vezes é transitória, com duração curta. Entretanto, quando a infecção persiste, pode causar alterações genéticas nas células de pele e mucosas, com potencial para o desenvolvimento do câncer. Mas antes de formar o câncer, ocorrem lesões precursoras, que quando detectadas precocemente podem ser tratadas de maneira menos agressiva.
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), a estimativa é de que apenas 5% das pessoas infectadas pelo HPV desenvolverá alguma forma de manifestação da doença. Ela pode se dar de forma clínica (visíveis a olho nu) e subclínica (não apresentam nenhum sintoma ou sinal).
Entre os subtipos de HPV, os mais frequentes que podem causar câncer são o 16 e 18 (70% dos casos de câncer de colo uterino). Já os subtipos 6 e 11 são os mais frequentes em condilomas genitais (“verrugas genitais”) e papilomas orofaríngeos não cancerosos.
A forma de contágio é por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma é via sexual e também pode acontecer via parto.
Evitar multiplicidade de parceiros, realizar exames preventivos e apesar de não haver tratamento contra o HPV, há como prevenir o contágio por meio da proteção durante o ato sexual com uso de preservativos e por meio da vacinação. A vacina contra o HPV é uma realidade no Sistema Único de Saúde, sendo oferecida a meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 14 anos de idade, como maneira de prevenção do câncer provocado pelo vírus.