A pele é o maior órgão do corpo e desempenha funções importantes como proteção natural contra o sol e regulação da temperatura. Possui três camadas: a epiderme, a derme e a hipoderme.
Apesar dos grandes avanços da ciência na busca por novas alternativas no tratamento do câncer de pele, a prevenção ainda é o melhor caminho para reduzir a incidência da doença.
O câncer de pele é o tipo mais comum no mundo e no Brasil corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país e quando detectado e tratado precoce apresenta alto percentual de cura.
O câncer de pele apresenta três tumores de diferentes tipos. Os mais frequentes, o carcinoma basocelular e o carcinoma epidermóide possuem melhor prognóstico, enquanto que o melanoma maligno pode ter uma evolução ruim.
Comum em pessoas adultas, o câncer de pele é raro em crianças e negros, porém, com a constante exposição de jovens aos raios solares, a média de idade dos pacientes vem diminuindo.
Pessoas de pele clara, sensível à ação dos raios solares, com história pessoal ou familiar deste câncer ou com doenças cutâneas prévias são as mais atingidas.
A exposição à radiação ultravioleta provoca danos à pele como o envelhecimento precoce, a perda de elasticidade, rugas profundas, manchas, redução da produção de colágeno e do herpes labial. Este se manifesta por alteração da imunidade.
O diagnóstico do câncer de pele está embasado no aspecto clínico, cor e forma da lesão e resultado da biópsia.
Apresenta características diferentes entre si como forma irregular, alteração na cor, na consistência e no tamanho; crescimento lento e progressivo; aparência rosada, avermelhada ou escura; pode ter aspecto de ferida que não cicatriza ou de pintas que crescem devagar, mas que coçam ou sangram. Ou ainda assimétricas e com bordas irregulares.
Na dermatologia utiliza-se o mnemônico ABCDE para identificar essas lesões:
A – assimetria
B – bordas
C – cor
D – diâmetro
E – evolução
O tratamento depende do estágio em que a doença se encontra. A cirurgia é o procedimento mais comum e consiste na retirada da lesão. Em casos mais graves, pode ser seguido de quimioterapia ou radioterapia.
O Brasil é um país tropical, onde as temperaturas são altas o ano todo e cuidar da pele, usar protetor solar e hidratar são medidas essenciais de saúde.
Assim, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) entende a necessidade de prevenção e estende a campanha preventiva do câncer de pele – Verão Laranja – para todo o verão.
Veja abaixo alguns cuidados importantes:
– Evitar exposição solar em horários entre 10h e 15h;
– Evite o uso de câmaras de bronzeamento artificial;
– Usar protetor solar diariamente e reaplicar quando necessário;
– Usar acessórios como chapéu, boné, óculos, roupas claras;
– Faça o autoexame regularmente a procura de alterações na pele, como manchas, pintas ou feridas que não cicatrizam;
– Realizar consultas regulares ao dermatologista se tiver pele clara ou histórico familiar de câncer;
A prevenção é recomendada para todas as pessoas e independe da idade. Sempre que houver dúvidas, procure um médico dermatologista.